Aviação

Qual é o impacto da alta do preço do combustível nas companhias aéreas?

As companhias aéreas possuem uma política contratual que fixa o preço do combustível, mas a pandemia gerou uma instabilidade no setor. Saiba mais.

17 Fev 2022 - 12:51 - Atualizado há 2 anos

Aprox. 5 minutos de leitura.

Há décadas, as grandes companhias aéreas apostam em uma política contratual que fixa o preço do combustível. Afinal, ele normalmente representa cerca de 20% das suas despesas operacionais!

Conhecida como “hedge”, essa prática é uma defesa das empresas contra a instabilidade deste tipo de custo, mas perdeu força com a pandemia.

Isso porque os cancelamentos de milhares de voos em 2020 fizeram com que as companhias aéreas também amargassem bilhões de dólares em prejuízo com os hedges.

Mas, enquanto a retomada do turismo traz um olhar otimista para o setor, a alta do preço do combustível desencoraja as empresas a fecharem contratos de hedge neste momento.

Entenda como o preço do combustível impacta as companhias aéreas

Se os voos estão acontecendo e o preço do combustível segue aumentando, o ideal seria buscar a proteção com um hedge, correto? Não é bem assim!

Quando há baixa no preço dos barris de petróleo, os produtores normalmente usam um hedge curto para travar o preço dos combustíveis se acreditarem que há chances do valor cair ainda mais.

Já os grandes consumidores de combustível, como as companhias aéreas, fazem exatamente o contrário: se protegem contra a alta dos preços - que poderiam acabar com os seus lucros - comprando uma grande quantidade.

Conforme apontado no início do artigo, as empresas perderam muito dinheiro com os hedges durante a pandemia porque compraram toneladas de combustível que não precisavam.

Se a crise fosse de um período mais “momentâneo” - e o preço do barril de petróleo diminuísse - haveria uma compensação para permitir que as companhias aéreas se recuperassem.

Mas, com tão poucos aviões voando e a alta crescente dos preços dos barris, esse cenário ainda não se concretizou totalmente!

Confiança no hedge cresce em 2022, mas com mudanças!

Apesar desta situação, o hedge voltou a ser uma opção para a proteção contra o aumento do preço do combustível. O mundo já vive um período de maior otimismo com o avanço da vacinação e a retomada do turismo.

Entretanto, isso vem acontecendo de forma gradual! Grandes empresas vêm retomando os contratos de hedge fixando, pelo menos, metade das despesas com combustível para 2022. Um prazo mais curto se comparado ao período pré-Covid.

Outra mudança é quanto à negociação! Antes da pandemia, as empresas abriam mão de opções de venda para baratear o custo dos hedges, agora dão preferência às swaps que oferecem menos risco diante das oscilações do preço do combustível.

Transição ainda é de incertezas

Apesar de um aparente otimismo para 2022, algumas empresas ainda têm pouco interesse em fixar contratos de hedge com os preços atuais dos barris de petróleo.

Então, só resta aguardar os próximos capítulos para acompanhar se esse cenário mudará ou não.

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